quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Coisas do coração

Quando os sentimentos começam a confundir a mente, nos impelindo a desejos impulsivos, aí não tem jeito, é quase impossível nos libertarmos da condição de reféns.Quando o coração desordena e dá novo rumo aos sentimentos, é porque o alguém, por quem os mesmos faziam eriçar a  pele, está perdendo ou já perdeu o encanto. E lutarmos pela contensão dos novos estímulos é quase sempre em vão.
Dizer que: “o coração está dividido”, é apenas uma maneira de iludirmos a razão; na verdade ele já formou um novo vínculo que vibra e nos deixa trêmulos, feito uma presa diante do seu predador, quando nos aproximamos do fruto que ele, feito leviano, necessita morder. 
Quando dizemos: “não sei o que aconteceu”, é porque já é hora de darmos ouvidos aos segredos do coração. Quando dizemos: “mas tudo mudou tão de repente”, é porque ainda não percebemos o quanto já foram desidratados os sentimentos anteriores e que aquela fonte secou, agora, precisamos de uma nova fonte para matar a sede do coração. Pois ele é sempre assim: revira-nos por dentro e, sem aviso, se antecipa à razão. E quando dizemos: “que meus instintos não falhem”, acabamos de nos “condenar” à conexão a ele e de assumirmos o desejo de ter esta chama afagada pelo abraço da nova paixão, explorando recantos que matem a sede de dois corações.

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